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Medalha João Cipriano da Rocha Loires 2015 - Homenageado Salvador Boor

Publicado em 11/08/2015, Por Assessoria de Comunicação

Histórico:

Salvador Boor, nasceu em Barro Preto, distrito de Ajuricaba, no dia 07 de abril de 1936. Seus pais se chamavam Maria e João Boor, foi o penúltimo filho de oito irmãos. Tinha dois anos quando sua mãe faleceu e se já tinham uma vida difícil com os cuidados e carinhos da mãe, sem ela passaram por todos os tipos de privações e sofrimentos.

Com a morte da mãe, o pai os abandonou e todos ficaram aos cuidados da irmã mais velha que tinha apenas quinze anos. Havia ficado em bebê de seis meses que faleceu pouco tempo depois, provavelmente por falta de cuidados adequados.

Leontina, a irmã mais velha pouco tempo depois se casou, e o marido era uma pessoa má, que os maltratava muito. Os irmãos foram fugindo de casa, iam trabalhar em fazendas vizinhas, tendo uma vida menos difícil. Salvador que era o mais novo de todos, ficou com a irmã e desde muito pequeno trabalhava na roça. No inverno, sem calçado e agasalho, procurava a terra que tinha sido arada para ficar, pois nesta havia menos geada e com isso seus pés não congelavam. Dormia no chão, em cima de um pano usando parte desde para se cobrir. Dormiu muitas noites com fome, pois estava cansado demais para esperar que lhe dessem alguma coisa para comer.

Quando tinha doze anos, seu irmão Jorge o roubou da casa da irmã e o levou para Ijuí, onde Salvador passou a fazer várias atividades em um hotel, recebia comida e tinha um lugar para passar a noite. Começou a ganhar roupa dos funcionários e dos donos do hotel, que eram muito bons. Foi nessa época que ganhou seu primeiro calçado, que embora ficasse grande, era usado com muito orgulho.

Em 1954, aos 18 anos, foi para o exército em Santa Maria, permanecendo por 5 anos. Nessa época foi atleta e como erabom, o levaram para o Grêmio e em 1959, Salvador ganhou medalha de 1º lugar em salto e corrida. Como o salário que ganhava no Grêmio era pouco e não conseguia sobreviveram com este, fez concurso e entrou na Brigada Militar, indo trabalhar em Gravataí.

Conheceu sua esposa sua esposa Elizabete em 1960 e em 1962 se casaram, em dois anos Salvador e Elizabete se encontraram somente duas vezes. Os três primeiros filhos nasceram em Gravataí. Em janeiro de 1963 nasceu João Luiz; em março de 1964 nasceu Paulo Germano e em agosto de 1966 nasceu Maria Aparecida. Neste mesmo ano Salvador e sua família, mudaram para Três Passos, fez concurso e se tornou cabo da Brigada Militar. Em Três Passos passaram por muitas dificuldades, Salvador ficou doente, chegando a correr riscos de morte. Só não sofreram mias porque tinha amigos que prestavam ajuda para a família neste período.

Em 1968 Salvador pediu ao Comandante da Brigada Militar de Três Passos, que queria ser transferido para um lugar bom e calmo, onde pudesse criar seus filhos, foi aí que foi destacado para Nonoai. Em 1º de setembro de 1968, Salvador chegou com sua família e em 19 de setembro João Batista, seu quarto filho nasceu.

Em 1968 a energia elétrica vinha de um gerador da Cascata, que era desligado às 10 horas da noite, pouco tempo depois isso mudou e Nonoai passou a ter luz em tempo integral.

Os filhos cresceram, foram para a escola e Salvador que não tinha terminado os estudos também voltou a estudar até terminar a 8ª série, conciliando tudo isso com o trabalho.

Durante muitos anos moraram em sua casa sobrinho ou filhos de amigos, para estudar.

Salvador sempre gostou de estar envolvido com a comunidade, fazia parte do GAC: Grupo de Ação Comunitária, onde prestavam ajuda às pessoas carentes. Em uma reunião em Trindade do Sul, visitaram uma família em situação de risco, que além de extrema pobreza tinha cinco pessoas com deficiência. A madrasta deles tinha dois filhos e ofereceu sua filha de oito anos para Salvador e Elizabete, e então a menina veio morar em sua casa, Vanda foi à quinta filha. É uma ótima filha, irmã, esposa e mãe.

Salvador foi doador de sangue por muitos anos. Foi Cursilhista há 35 anos atrás, na época em que o pároco era o Padre Miguel. Foi Conselheiro Tutelar durante oito anos, foi presidente e vice-presidente da 3ª Idade. É amigo do Santuário, juntamente com sua esposa, fazendo o trabalho de recepcionar visitantes uma vez por mês.

Os filhos cresceram tiveram suas profissões, suas famílias. Sempre com muito cuidado, proteção e orientação dos pais, que continuam presente na vida de todos. João Luiz é casado com Iris e são pais de Luana, Gustavo e Mariana; Paulo Germano é casado com Vera e são pais de Dandara e Ana Carolina; Maria é mãe de Patrick, Bruna e Emanuel; Vanda é casada com Ardori e são pais de Alvaro e Andressa; João Batista era casado com Cleusa (in memorian) são pais de Gustavo, Andréia, Felipe, Gabriel e João Vitor. Salvador e Elizabete possuem cinco bisnetos: Iasmim, Vitória, Isabele, Isabela e Igor.

Salvador está aposentado da Brigada Militar há cerca de 30 anos, mas continua uma pessoa ativa, ajuda sua esposa em todos os afazeres domésticos, está sempre preocupado com os filhos, netos, bisnetos e amigos. Mora em Nonoai há 46 anos.

No tempo em que foi brigadiano ou como Conselheiro Tutelar tratou a todos com muito respeito. Possuiu muitos amigos.

Sempre ensinou que amor, paz, respeito, tolerância, sabedoria, compaixão, são os verdadeiros bens e as maiores riquezas da vida. Salvador e Elizabete são o alicerce da família. Todos se consideram privilegiados por tê-los em suas vidas.





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