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Através da Indicação do Vereador Fabrício Trentin de Moura, Casa da Memória de Nonoai, ganha espaço cultural Jorge Luiz Marchiori Batista.

Publicado em 27/11/2020, Por Gabriela Mattes Brustolin - Assessora de Comunicação da Câmara Municipal de Vereadores de Nonoai

Na manhã de quinta-feira (26), aconteceu o ato inaugural da Sala Jorge Luiz Marchiori Batista. Estiveram presentes autoridades, familiares, amigos e imprensa. Participou também do descerramento da fita inaugural a Prefeita eleita de Nonoai, Adriane Perin.

Na sala estão expostas as obras do artista. Este espaço servirá também para artesãos e artistas nonoaienses realizarem suas exposições. O espaço está localizado na Casa da Memória, na Praça Linhares.

Sobre a Indicação Nº 84/2019 – Autoria: Ver. Fabricio Trentin de Moura

Indica que o Poder Executivo Municipal promova a alteração da Lei Municipal nº 2.857, de 17 de outubro de 2012, a fim de criar, junto à Casa da Memória de Nonoai, o "Espaço Cultural Jorge Luiz Marchiori Batista", em homenagem ao tão conhecido “Professor Jorginho”, como o professor e artesão era carinhosamente chamado pela população nonoaiense. Por oportuno, indica-se que a Casa da Memória destine esse espaço para a exposição de obras de arte criadas pelo homenageado, bem como de outros artesãos locais que desejarem apresentar à comunidade seus trabalhos artísticos.

 

HISTÓRICO JORGE LUIZ MARCHIORI BATISTA Escrito por sua irmã Janete Marchiori

Jorge Luiz Marchiori Batista nasceu em 19/06/1965. Filho de João Batista da Silva e Noema Marchiori Batista. Irmãos, João Luiz, Janete e Gelson Marchiori Batista. Já era alfabetizado aos 5 anos de idade em casa, pela mãe Nema e a madrinha Ernesta Cólvero (professora). Junto com seu irmão mais velho, iniciou a escola, mesmo sem a idade para iniciar os estudos, pois queria ficar com seu irmão. Fez o primeiro ano duas vezes, porque não tinha 06 anos na época. Trabalhou muitos anos com Claudemir Modesti, o qual disse que até hoje tem guardadas as plantas de projetos arquitetônicos que Jorge fazia, de tão detalhista  e bem feitas. Quando foi morar em Porto Alegre, onde morou com o Ivonei Barbiero, trabalhava à noite de garçom no bar e restaurante do Ivonei, e fazia    freelancer de projetos arquitetônicos a várias empresas de Porto Alegre. Sempre gostou de artes. Por muito tempo sobreviveu fazendo fachadas, letreiros, placas e afins para o comércio de Nonoai e Chapecó.  Era muito criativo para artes. Teve serigrafia Arte Native em Nonoai, junto com seu irmão. Fez a faculdade de História. Anteriormente iniciou Matemática, mas não se identificou e foi para a História com licenciatura e foi onde se encontrou como professor. Sempre leu muito, tinha uma biblioteca de mais de 1.000 livros, desde história a revistas e livros de ufologia. Sempre engajado com a sociedade, preocupado com o saber das pessoas, principalmente dos jovens. Tinha sonho de fazer no porão da casa de sua mãe, uma biblioteca para seus alunos e um pequeno museu.

Foi idealizador, juntamente com Ivanor Barbiero e Ladimir Guilhardo, da 1ª EXPONAY, cuja logo está documentada na exposição da sala que leva seu nome. Junto com sua amiga e sócia, Gerusa, abriu um atelier, no qual fez grandes realizações. Jorge sempre foi muito preocupado com o meio ambiente, plantas e animais. Iniciou um livro sobre Nonoai, desenhou várias gravuras sobre a travessia dos Balseiros do Rio Uruguai, segundo contado pelo pai João que foi balseiro na época. Sempre falava da oportunidade que a professora Salete lhe deu com início profissional em escola, com a AABB/Comunidade e Educação de Jovens e Adultos. Fez concurso público para no Estado de 20 horas, mas sempre tinha contrato de mais horas pra dar aula no EMADU. Lá se realizou como professor. Sempre interagindo com os colegas e alunos. Criativo, idealizou a fachada e interior da escola, e, finalmente, junto com os alunos defendeu o projeto da cápsula do tempo, junto à Coordenadoria Regional de Educação de Passo Fundo. O projeto foi aprovado e está para ser aberta somente nos 100 da Escola. Sempre foi um desenhista nato, de mão cheia, fez anos de escola de arte em Chapecó, fazia desde caricaturas a desenho de perfil de fotografias. Enquanto se tratava da doença que lhe causou a morte, fazia suas aulas, pois sonhava em se curar e voltar a dar aulas. Deixou mais de 220 aulas prontas, em áudio, escrita e vídeo. Sempre ia à escola com caixa de som, microfone, note, e data show. Comprou seu próprio equipamento para utilizar na escola, um professor realmente diferenciado. Participou, por muitos anos, da Câmara Júnior representando Nonoai em vários, encontros, fóruns, seminários, concursos estaduais e nacionais, com êxito. Jorge nos deixou, após lutar bravamente por sua vida, aos 51 anos, em 13 de março de 2017, em decorrência de um câncer nos intestinos.

Fotos Crédito: PN Notícias





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