Na ocasião o Presidente entregou à Secretária algumas obras de Maximiliano Beschoren, engenheiro alemão que dá nome à Biblioteca Pública Municipal de Nonoai.

No encontro Nelso enfatizou que "Beschoren viveu seus últimos anos de vida em Nonoai. Em 1874, fez parte da expedição para levantamentos topográficos de terras no Alto Uruguai. Era um grande admirador da região e, assim, tornou-se o mais habilitado explorador, reunindo farto material cartográfico e geodésico."

Quem foi Maximiliano? 

Maximiliano Beschoren nasceu em 06 de julho de 1847, na cidade de Eisleben, Província Prussiana da Saxônia. Fez seus estudos secundários em Zwickau e em Annaberg (Dresden), na Escola Real de Primeira Ordem. Formou-se em Engenharia e Matemática. Complementou os estudos na Escola Politécnica e na Universidade de Halle.

Em 15 de fevereiro de 1869, chegou a Porto Alegre, onde iniciou a vida profissional como Professor. Revalidou o Diploma de Engenheiro e se naturalizou brasileiro. Em Taquara do Mundo Novo, casou-se com Isabel Koerndorffer. Desse casamento nasceram quatro filhas: Julia, Margarida, Gabriela e Melina. Residiu em Santa Cruz do Sul, Passo Fundo, Palmeira das Missões, São Luiz Gonzaga, Cruz Alta e Nonoai.

Em 1874, fez parte da expedição para levantamentos topográficos de terras no Alto Uruguai. Era um grande admirador da região e, assim, tornou-se o mais habilitado explorador, reunindo farto material cartográfico e geodésico. No projeto de colonização do Alto Uruguai, apresentou um relatório ao Ministro da Agricultura, dizendo que as melhores terras para receber centenas de imigrantes alemães – russos do wolga, estavam na Província do Rio Grande do Sul, na região entre os rios Piratini e Inhacorá.

Beschoren, com apenas 40 anos de idade, pôs termo à existência. Foi encontrado morto na barraca de serviço, em Nonoai, no dia 22 de setembro de 1887, quando fazia a demarcação do Triângulo, no trecho Nonoai, Peperi e Chapecó. Seu legado célebre deve ser lembrado e, assim se faz, eternizando seu nome e sua história, como “patrono” da Biblioteca Municipal de Nonoai.